sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ói o Nêgo

ói o nêgo nagô
ói o nêgo, sinhá
tem a garra na cor e ginga no andar
ói o banto, nego
ói o banto, sinhá
tem a garra na cor
nêgo de Aruanda

Trazido num tumbeiro e jogado aqui no Brasil
Mantido em cativeiro
ainda assim, sua força não se esvaiu

ói o nêgo, banto
ói o nêgo, sinhá
tem a garra na cor e ginga no andar
ói o banto, nêgo
ói o banto, sinhá
o “nêgo”  lutador
nêgo de Aruanda

O semba veio com o nêgo
do  seio de mãe África
ritmo era o segredo pro banzo, então, se dissipar

nêgo viu na capoeira uma arma pra se safar
e, no tombo da ladeira, conseguiu realizar
Ele bateu e correu mas, não por medo de apanhar
nêgo correu justamente pra não precisar matar

Pode oiá, sinhá
o nêgo jogar
mas, deixe o nêgo cá com seus orixá

Pode oiá, sinhá
o nêgo suar de “ trabaiá ”
mas, deixe o nêgo cá com seus patuá

nêgo não quer se vingar
nêgo só quer se sortar
nêgo não quer se vingar
nêgo só quer se sortar

eu quero ver até quando vai dar pra oiá
nêgo jajá vai se rebelar
ah vai...
Vai! Vai! Vai! Vai!

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